Mulheres da Capoeira


As lutas costumavam ser um território predominantemente masculino. Com muito suor, esforço físico e liberação de energia, não costumava atrair as mulheres. Com medo da orelha de couve-flor, deformação comum entre lutadores, e das possíveis lesões, elas preferiam, muitas vezes, permanecer no papel de espectadora. Porém, as lutas se popularizaram e migraram, em versão menos violenta, para as academias. Sem combate direto, o risco de se machucar diminuiu e as mulheres descobriram os benefícios do exercício para o corpo.

É muito procurada pelas mulheres porque define os músculos, queima a gordura e fortalece as pernas e os glúteos, além de desenvolver força muscular, potência, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade, alongamento, destreza, ritmo e musicalidade. Pelo menos é o que gatante o professor Leonardo Quaranta ( Professor Pingo ) . Além de todos esses benefícios, a capoeira melhora a capacidade cardiorrespiratória e atua como meio de sociabilização entre os alunos.
A luta inventada como meio de defesa dos escravos, começou disfarçada de dança e só teve sua prática liberada na década de 1930. Usando instrumentos de percussão, canto e palmas, é uma atividade lúdica que ainda ajuda a perder peso. “Em uma aula destinada a alunos mais graduados e que tenham um nível técnico elevado, é fácil queimar uma média de 800 a 1.000 calorias”, afirma Leonardo. Não há contraindicações para a prática da modalidade, é preciso apenas ser orientado por um professor graduado, que respeitará a individualidade do aluno para evitar lesões causadas pela execução errada dos movimentos. 


Zero Hora - Donna - 26 de junho  de 2011
Correio Braziliense

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